Recebendo de Volta a Identidade Divina



          No livro do profeta Isaías, capítulo 50, versículo 6 está escrito: "Ofereci minhas costas para aqueles que me batiam, meu rosto para aqueles que arrancavam minha barba; não escondi a face da zombaria e da cuspida".  Essa passagem é um relato profético do que aconteceria com o Messias durante o processo da crucificação. Naquele tempo, o ato de arrancar a barba representava a forma mais cruel de desonra e humilhação, sendo que em Cristo essa barbárie evidencia muito mais que uma forma desumana  de tortura, antes, o resgate da identidade humana perdida no éden.
          Ao rebelar-se contra a vontade de Deus, o homem começou o processo progressivo de afastamento do Criador, perdendo gradativamente a imagem e semelhança divina. À medida que se afastou do Criador, aproximou-se do seu arqui inimigo, recebendo como herança as características malignas de seu caráter deturpado. Por isso é necessário que o homem seja alcançado pelo sacrifício de Jesus, para que possa iniciar seu caminho de volta à imagem e semelhança do Pai.
          Através daquela terrível cena de zombaria e escarnio, Jesus nos deu novamente direito a identidade original. Dessa forma compreendemos que o sangue derramado da barba de Cristo fala da redenção da  identidade, pois, sendo humilhado pelos soldados romanos, Ele nos elevou novamente à condição de filhos, nos dando o direito de sermos mais uma vez iguais ao Pai. Porém, não basta possuirmos tal compreensão,  devemos coloca-la em prática através da aplicação do sangue que foi derramado da barba de Cristo para o resgate de nossa identidade em Deus.

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