Cristianismo A La Carte

É crescente a onda de relativização que tem assolado a sociedade contemporânea. Vivemos num tempo em que os absolutos são rejeitados e que todas as questões da vida estão à mercê do ponto de vista e opinião pessoal. Certo ou errado, tudo depende do gosto do cliente. Para muitos, os valores bíblicos que sustentaram a humanidade até os nossos dias já não servem mais, estão ultrapassados, tornaram-se antiquados e estão condenados ao desuso.
evangelho falso
Mesmo com o fracasso da promessa modernista que apregoava a libertação da alienação do homem pela religião, o pós-modernismo se levanta com uma retórica muito mais ousada, haja vista, que a revolução pregada visa a extinção da crença no divino e a substituição do padrão de Deus pelo mais simples relativismo individual. Tudo é claro, em nome de uma liberdade incondicional e utópica.

Infelizmente, essa onda não se conteve apenas do lado de fora dos círculos cristãos, mas se alastra como fogo em palha seca dentro dos nossos arraiais. Frases como: "eu acho"; "eu concordo ou discordo"; "depende do ponto de vista"; "temos que fazer uma releitura da Bíblia à luz dos novos conceitos"; etc... relacionadas as Escrituras Sagradas são cada vez mais comuns entre os que professam o cristianismo moderno.

Assistimos atônitos ao crescente questionamento da autoridade das Sagradas Escrituras, sempre com o objetivo de adequá-la ao novo modismo do momento e assim torná-la mais palatável, principalmente quando se trata de temas polêmicos. Essa relativização daquilo que é eterno, além de causar confusão na mente dos mais fracos, produz uma geração sem referencial e sem um modelo confiável para se espelhar.

A maior parte dos que se levantam a favor da flexibilização dos valores bíblicos usam como justificativa o grande amor de Pai, ou seja, não compreendem como um Deus de amor pode condenar àqueles que decidem viver a margem de Sua Vontade. Isso é no mínimo um contrassenso, pois, não podemos compreender o amor do Criador como uma permissão para a vida libertina.

Não temos o direito e muito menos a autoridade para relegar os princípios e valores eternos da Bíblia a categoria de contos morais alegóricos. Os princípios bíblicos não existem apenas para servir como regras de conduta moral e social, mas são elementos basilares para a formação e manutenção da vida em comunidade.

Não é de assustar que a sociedade se renda a tais questionamentos sem razão e sem futuro, pois, desde sempre a cultura deste mundo se opõe a verdade e a vontade de Deus. Porém, o cristão que adere a tal pensamento coloca-se em clara oposição a vontade do Pai, por isso não podemos permitir que esse engano adentre as portas da igreja. Devemos ter a consciência de que o chamado do Evangelho foi, é e será até a volta do Cordeiro um apelo contracultural, ou seja, nos colocará em rota de colisão com os valores propagados por essa sociedade sem Deus.

Esse é o preço de seguir a Jesus! Temos que fazer a escolha entre agradar a Deus ou ao mundo, conscientes de que é impossível agradar aos dois. Precisamos rejeitar com ênfase esse "cristianismo a la carte", sob pena de sermos reprovados no grande dia. Os ensinos bíblicos continuam com a mesma autenticidade e essência dos dias em que foram revelados, pois, são atemporais, eternos e indispensáveis para a viabilidade da vida humana.

O único caminho seguro para o Senhor é a Bíblia Sagrada. Tenha a mais absoluta certeza de que os princípios divinos não se amoldarão à nossa vontade, aos nossos conceitos ou ao nosso estilo de vida, pois, nós é que devemos permitir que o Espírito Santo nos modele por intermédio deles.

Tudo isso foi predito pelo próprio Cristo como sinal de sua iminente vinda, portanto, é necessário que aconteça. Sendo assim, precisamos nos preparar para a rejeição e perseguição por parte daqueles que professam a fé cristã de lábios e a negam no coração e nas ações. Jesus e os apóstolos em vários momentos nos avisaram sobre a rejeição a sã doutrina e também sobre a necessidade de perseverarmos firmes em meio a perseguição. 

Não se entristeça ou desanime! Cristo ainda está no controle de todas as coisas, pois, nada, absolutamente nada, está fora do Seu domínio. Vamos nos apegar a fé genuína, a obediência e mantermos a vigilância e a oração, conscientes de que em breve tudo isso passará.


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