O Dia Internacional da Mulher e a Mulher Cristã

Hoje é comemorado o Dia Internacional da Mulher. As comemorações pela passagem da data vem crescendo ano após ano, entrando inclusive para o calendário do comércio, como uma ótima oportunidade de aumento nas vendas. Para o movimento feminista, o 8 de março é uma data histórica, marcada pela luta por direitos iguais entre homens e mulheres, além de ser um marco da resistência do ideal libertador, igualitário com profundas raízes nas revoluções comunistas. É Claro que não podemos menosprezar a data, pois existem várias conquistas relevantes em prol das mulheres, porém, é necessário que façamos a distinção entre correção de injustiças entre gêneros e o ideário comunista.
mulher cristã
Desde meados da década de 1960, o Dia Internacional da Mulher é comemorado no dia 08 de março. Essa data é tida como símbolo de uma série de reivindicações e conquistas de direitos, sobretudo no âmbito trabalhista. Entretanto, a escolha dessa data para a comemoração frequentemente está associada a equívocos ou a invenções históricas que precisam ser elucidadas. Peço que não pré-julgue a postagem, mas leia o texto até o final e tire suas conclusões.

Conta-se que em 08 de março de 1857, durante uma greve, 129 operárias morreram carbonizadas em um incêndio que ocorrera nas instalações de uma fábrica têxtil na cidade de Nova York. O incêndio teria sido provocado pelo proprietário da fábrica, como forma de repressão às greves e levantes das operárias, que teriam sido trancadas na fábrica enquanto o fogo se alastrava. A jornalista canadense Renée Côté¹ pesquisou durante dez anos, em arquivos dos EUA, Canadá e Europa e não encontrou nenhum indício da greve ou do incêndio de 1857. Nem nos jornais da grande imprensa da época, nem em qualquer outra fonte de memórias das lutas operárias.

Entretanto, houve um incêndio em uma fábrica de tecidos em Nova York, mas ele aconteceu no dia 25 de março de 1911, às cinco horas da tarde, na sede da empresa Triangle Shirtwaist Company, vitimando 146 pessoas, sendo 125 mulheres e 21 homens. A maior parte dos mortos era constituída de judeus. As causas desse incêndio foram as precárias instalações elétricas do prédio associadas à composição do solo e das repartições da fábrica e também à grande quantidade de tecido presente no recinto, o que serviu de combustível para o fogo. 

Em 1910, na cidade de Copenhague, ocorreu o II Congresso Internacional de Mulheres Socialistas² (Um ano antes do incêndio da Triangle), que foi apoiado pela Internacional Comunista. Nesse evento, a então membro do Partido Comunista Alemão, Clara Zetkin, propôs a criação de um Dia Internacional da Mulher, sem entretanto, estipular uma data específica. Essa proposta era fruto tanto do feminismo, que ascendia naquela época, quanto das correntes revolucionárias de esquerda, como o comunismo e o anarquismo – inclusive, a anarquista lituana Emma Goldman foi um dos nomes mais importantes da época.

A maioria dos movimentos reivindicava melhorias nas condições de trabalho nas fábricas e por conseguinte, a concessão de direitos trabalhistas e eleitorais (entre outros) para as mulheres. Vários protestos e greves já ocorriam na Europa e nos Estados Unidos desde a segunda metade do século XIX. O movimento feminista e as demais associações de mulheres capitalizaram essas manifestações de modo a enquadrá-las, por vezes, à sua agenda revolucionária. Foi o que aconteceu em 08 de março de 1917 na Rússia³. Nessa data, as mulheres trabalhadoras do setor de tecelagem entraram em greve e reivindicaram a ajuda dos operários do setor de metalurgia. O movimento entrou para a história como um grande feito de mulheres operárias e também como prenúncio da Revolução Bolchevique, como acentuou a pesquisadora Eva Alterman Blay, em seu artigo intitulado: 08 de março - Conquistas e controvérsias³.

Após a Segunda Guerra Mundial, o dia 08 de março (em virtude da greve das mulheres russas) começou a tornar-se aos poucos o símbolo principal de homenagens às mulheres. A partir de então o suposto incêndio em Nova York, ocorrido no dia 25 de março de 1911 passou a ser associado a data. A partir dos anos 1960, o Dia Internacional das Mulheres já estava praticamente consolidado, tornando-se um marco da conquista do Movimento Feminista, que se configura como um movimento social, filosófico, ideológico e político, que tem como objetivo a luta pelos direitos equânimes (iguais) e uma vivência humana por meio do empoderamento feminino e da libertação de padrões opressores patriarcais, baseados em normas de gênero. 

O feminismo alterou principalmente as perspectivas predominantes em diversas áreas da sociedade ocidental, que vão da cultura ao direito. As ativistas feministas fizeram campanhas pelos seguintes direitos: civis (direitos de contrato, de divórcio, de propriedade e ao voto); relacionados à autonomia em relação ao corpo (emancipação sexual, aborto, métodos reprodutivos (incluindo o acesso à contracepção e a cuidados pré-natais de qualidade); relacionados a segurança (proteção contra violência domestica, assédio sexual e estupro); relacionados ao trabalho (direitos na CLT, incluindo a licença maternidade e salários iguais), entre outros.

Assim como acontece em outros campos, aqui a ideologia comunista entra em conflito com os ensinamentos bíblicos em vários aspectos, pois promete à mulher uma liberdade irresponsável com benefícios ilusórios. Como assim? Se uma jovem cristã, por exemplo, decide casar virgem, contraria o conceito feminista da liberdade sexual. Por quê se guardar para um homem se você tem direito sobre seu corpo e é livre para fazer sexo com quem quiser, seja homem ou mulher? Se uma mulher conceber sem planejamento não deve se sacrificar pelo filho, pois tem o direito de abortar. Por que sustentar uma gravidez indesejada se você pode decidir matar o feto na hora e no tempo que quiser? Se a mulher decide não trabalhar fora dedicando-se ao cuidado da família é vista como alienada. Por que ser tola e ficar em casa cuidando do esposo e dos filhos se você pode conquistar sua liberdade trabalhando fora?

É por essa razão que governos; mídia; escolas; universidades e as pessoas comuns, ambos emancipados moral e espiritualmente de Deus sempre defenderão uma visão totalmente distorcida do papel que o Criador estabeleceu para homem e mulher. O padrão judaico-cristão, no qual o ocidente foi alicerçado é rejeitado e princípios como submissão, liderança masculina, auxílio idôneo e defesa à vida não são aceitos como a Bíblia ensina, mas serão compreendidos, defendidos e substituídos pelo pensamento feminista como uma tentativa patriarcal e machista de escravizar e oprimir as mulheres no mundo.


E a Mulher Cristã, como fica?

Esta é uma boa pergunta, pois existem importantes conquistas na luta por direitos iguais. A Bíblia não proíbe que as mulheres estudem, trabalhem ou votem nos seus governantes e condena todo e qualquer tipo de violência e maus tratos. Como parte mais sensível no matrimonio, as mulheres devem ser amadas por seus maridos com o mesmo amor de Cristo pela Igreja (Efésios 5:23). Perceba que este é um padrão extremamente elevado! Os ensinamentos de Cristo apontam para homens cristãos que lideram servindo às suas esposas à medida que elas os auxiliam na condução do lar.

A Bíblia também deixa claro que não há problema algum no fato da mulher trabalhar, desde que seu trabalho não sacrifique sua nobre função de edificação do lar. Não podemos e nem devemos ignorar a importância de várias conquistas das mulheres no decorrer dos anos, como o voto; a igualdade nos salários e no acesso ao mercado de trabalho; maior proteção em relação à violência e outras coisas mais. A Palavra de Deus não respalda nenhum tipo de violência, discriminação ou injustiça contra as mulheres, pelo contrário, as coloca em posição de destaque e grande honra (Ex. Débora, Rute, Maria, Priscila, etc.). 

Penso que o grande desafio para a Igreja na atualidade é resgatar o papel do homem e da mulher segundo a Palavra de Deus. Estamos sofrendo um processo destrutivo dos padrões e fundamentos da masculinidade e feminilidade bíblica. Homens pensando, falando, andando e se vestindo como mulheres, envoltos num perigoso processo de feminilização. Enquanto as mulheres vivem travando uma verdadeira batalha inglória contra o sexo oposto em todas as áreas da vida. É necessário lembrar que homens e mulheres tem estruturas físicas, emocionais e funcionais diferentes, o que não torna o homem superior a mulher.

Se a cosmovisão das mulheres cristãs está sendo moldada pelos pilares de fundação do Dia Internacional da Mulher, receio que não temos muito o que comemorar, antes, deveríamos refletir sobre a ideologia anti-cristã que está por trás do grito feminista, pois, tal movimento nada tem a ver com a mulher virtuosa de Provérbios 31, que antes de qualquer coisa, tem a fé em Deus como centro da sua vida e a Santa Palavra como luz para o seu caminho. A mulher sábia jamais vai negociar sua missão gloriosa por uma luta antibíblica encabeçada por uma sociedade alienada em relação a Deus.


Fontes de pesquisa usadas para a elaboração do artigo
1. http://www.contee.org.br/secretarias/etnia/materia_33.htm
1. http://psol50sp.org.br/blog/2010/03/05/dia-internacional-da-mulher-qual-a-origem-deste-dia/
2. http://feminismo.org.br/8-de-marco-dia-de-luta-das-mulheres/
3. https://pt.wikipedia.org/wiki/Dia_Internacional_da_Mulher
3. http://brasilescola.uol.com.br/datas-comemorativas/dia-da-mulher.htm

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