O Cristão e as Eleições
Estamos em pleno processo eleitoral. No dia 02 de outubro vamos escolher os prefeitos e vereadores dos 5.570 municípios brasileiros. Os eleitos governarão pelos próximos quatro anos e suas decisões afetarão positiva ou negativamente todos os cidadãos brasileiros. Daí vemos a importância e relevância do processo eleitoral. Infelizmente, vivemos um período sombrio nesse âmbito, haja vista, que a classe política já vem desacreditada há um bom tempo e até posso dizer marginalizada, pois, ser político para a maior parte das pessoas é sinônimo de ser ladrão, o que a bem da verdade em muitos casos não reflete a realidade....
Esse cenário tem feito com que as pessoas de boa índole se afastem do processo eleitoral, o que com certeza refletirá diretamente na qualificação dos eleitos. Nós, como cidadãos e cristãos precisamos agir com coerência e inteligência. Todos os dias somos bombardeados, principalmente através das redes sociais com campanhas em apologia ao voto nulo e muitas até difundindo inverdades, como no caso dos 50% de votos nulos que anulam uma eleição. Pode até parecer uma opção razoável, mas não é, pois anular o voto só vai ajudar a perpetuar o mandato dos corruptos. Não devemos nos ausentar do processo eleitoral, se isso ocorrer, amanhã não poderemos cobrar nada de ninguém.
Não esqueçamos também da compra de votos. O político que usa de tal prática já demonstra ser corrupto antes mesmo de eleito e o eleitor torna-se corrupto também. É necessário que votemos com consciência e responsabilidade, compreendendo que o futuro de nossa família, amigos e sociedade em geral depende da nossa escolha. Vejamos alguns requisitos que podem nos ajudar a escolher nossos candidatos.
É Ficha Limpa – A legislação de 2010 prevê que candidatos
condenados não participem do processo eleitoral. Muitos conseguem se safar da
lei através de liminares e recursos ou colocando “laranjas” para disputarem as eleições nos seus lugares. Analise a
conduta do seu candidato a Prefeito e a Vereador e veja se o mesmo tem ficha
limpa ou não, pois como diz a Bíblia: “A árvore se conhece pelos frutos”.
Tem trabalho prestado – É bem verdade que o mandato público possibilita
um trabalho maior dentro da comunidade, mas como observamos através de inúmeros
exemplos, àqueles que realmente se importam com o povo e com suas necessidades
trabalham com ou sem mandato. É muito fácil chegar na época das eleições e
prometer “mundos e fundos” aos
eleitores, mas os que realmente tem compromisso com a população trabalham todo
o tempo.
Tem competência – Tanto para o mandato executivo (Prefeito), quanto
para o legislativo (Vereador), faz-se necessário que o candidato tenha o mínimo
de formação e experiência. Muitos daqueles que ocupam esses espaços não sabem
nem mesmo o que o mandato exige de cada um e isso com certeza prejudicará toda
a população. O prefeito precisa ter capacidade para governar e administrar a
cidade e o vereador para legislar e fiscalizar o executivo.
Conhece a cidade – É bem comum no processo eleitoral encontrarmos políticos
que residem numa cidade se candidatando na outra. O bom político mora no município
e conhece seu potencial e seus problemas de perto. Sem esse envolvimento o
mandato servirá apenas para a satisfação dos anseios do candidato, não trazendo
um benefício real para os que mais precisam.
Está num partido que lhe dá liberdade de ação – Com a lei da
fidelidade partidária ficou compreendido que o mandato pertence ao partido e
que por isso o prefeito ou vereador (no caso das eleições municipais) devem
seguir as diretrizes dos mesmos, sob pena da perda de seus mandatos. No Brasil
a grande maioria dos partidos dá relativa liberdade aos seus representantes,
porém os partidos de esquerda já são mais radicais, principalmente no que tange
a questões que afrontam diretamente a cosmovisão cristã. Vamos tomar como
exemplo um vereador cristão que é eleito por um partido de esquerda. Numa hipotética
votação sobre ideologia de gênero ele terá que votar pela orientação do seu
partido, que tende a ser favorável, se não o fizer, pode perder o seu mandato.
Analise o posicionamento dos partidos em especial os da esquerda brasileira e
confira como os votam matérias relacionadas a homofobia, aborto,
descriminalização das drogas, ideologia de gênero, etc...
Por fim, além de votar, se comprometa em
acompanhar a atuação do prefeito e dos vereadores. Observe que as últimas
grandes conquistas da democracia brasileira surgiram dos movimentos populares.
Devemos lembrar que o mandato não é eterno e que de quatro em quatro anos esses
mesmos candidatos estarão em nossas portas. Deixe claro àqueles em que você
depositar o seu voto de confiança, que se não corresponderem às expectativas do
povo não conseguirão se eleger novamente. Fica a dica!
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